segunda-feira, 11 de março de 2013

Desgaste de Rosalba não alimenta adversário forte

Carlos Santos

O desgaste de proporções corrosivas enfrentado pelo Governo Rosalba Ciarlini (DEM) não tem alimentado, em nível inverso, nenhum nome como forte candidato à disputa estadual. Até o momento, ninguém se capitaliza com a crise administrativa.

O vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) é o único político que, de fato, faz pré-campanha. Mas não ocorre com ele um fenômeno galvanizador de massas, nutrindo-se do desapontamento, como registrado com o atual prefeito do Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT).

Robinson e Rosalba: no passado era assim (07 de outubro de 2011)Durante os quase quatro anos de gestão da prefeita Micarla de Sousa (PV), Carlos engordou seu capital de intenções de votos à medida que aumentava a repulsa a governante.

Micarla foi o principal cabo eleitoral de Carlos Eduardo nesse espaço de tempo, lhe dando condições para chegar à corrida eleitoral de 2012 como franco favorito, o que foi confirmado nas urnas.A tática do “retrovisor”, de permanentemente culpar Carlos por todos os seus desatinos e incompetência, não rendeu maiores nutrientes à Micarla. Muito pelo contrário.Em relação à Rosalba, a rejeição está dissipada em todas as regiões do estado, mas sem fomentar o surgimento de um adversário que atraia para si a esperança de mudança.

Na única pesquisa de âmbito estadual que se conhece nos últimos meses, divulgada no final de janeiro deste ano (Veja resultado AQUI), ficou patente que Rosalba é reprovada maciçamente.

Entretanto boa parcela do eleitor não enxerga outra opção de forma consistente. Procura uma luz. Fica na defensiva, esperando as cenas dos próximos capítulos.

A própria distância do pleito e a atmosfera contemporânea da política do Rio Grande do Norte concorrem para esse quadro. É difícil saber quem é realmente oposição e situação.

Robinson tem desempenho instável. Pode crescer mais adiante.

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) apareceu com performance mais folgada em relação à Rosalba, mas é um nome muito vulnerável, em face de escândalos que emergem de seus governos. Porém não é interessante ignorá-la.

Carlos Eduardo Alves é bem avaliado. Mas a pesquisa apontou essa condição num momento muito próximo da eleição vitoriosa dele à prefeitura. Além disso, é pouco provável que largue a gestão municipal antes mesmo de completar dois anos de governo.“Sobra” Garibaldi Filho (PMDB), senador, ministro da República, ex-governador. Se quiser, será candidato.Suas relações com o Governo Rosalba, mesmo na condição de aliado, são meramente protocolares.

Por ele, o partido já tinha deixado Rosalba para trás. Se o seu nome não ganha maior destaque em pesquisas, deve-se sua à própria postura pessoal e do seu partido que cozinha o ‘galo’, digo, o DEM, em fogo brando.

A convivência difícil entre PMDB e DEM dá o “mote” pro futuro.

O presente é parte do enredo.

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