quinta-feira, 30 de abril de 2009

Investimento público no ensino médio ainda é insuficiente, avalia Haddad

Amanda Cieglinski - Agência Brasil

Brasília - A discrepância entre as notas das escolas particulares e públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) explica-se em parte pelo baixo investimento feito na rede pública de ensino. Foi o que avaliou o ministro da educação Fernando Haddad. Os dados do Enem 2008 por escola foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixera (Inep).

Em 2007, o investimento público em educação foi de R$ 1.500 ao ano por aluno do ensino médio. “O ensino médio teve um incremento muito importante por parte dos governos estaduais, com aumento de 50% de 2005 para 2007. Mas ainda é muito pouco, o que é investido anualmente praticamente se compara a uma mensalidade das melhores escolas particulares do país.”

Para o ministro, as escolas particulares e as públicas federais já atingiram as metas previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Ele prevê que todas as escolas do país tenham média 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

“Elas tem uma média que é a meta do PDE para o país no seu conjunto. Se verificarmos os indicadores de qualidade das públicas federais e das particulares, elas estão num patamar bastante elevado, comparável aos dos países mais ricos do mundo, o que não ocorre com as escola públicas estaduais”, afirmou. Para ele, a aferição bianual do Ideb permite monitorar a evolução da rede pública.

Haddad voltou a defender que o novo Enem como forma de seleção para as universidades federais será capaz de melhorar a qualidade do ensino médio. “Por contemplar conteúdos da grade curricular do ensino médio, o novo Enem vai orientar o trabalho das escolas, assim como a Prova Brasil teve efeito sobre o ensino fundamental. Hoje essas escolas conseguem organizar o trabalho em sala de aula pela matriz da Prova Brasil”, disse.

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