quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Viagem de Lula custou mais do que obra inaugurada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugura obras de pequeno porte no Rio Grande do Norte - que sequer estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - para fingir que trabalha pelo Estado. É o que afirmou o senador José Agripino (RN), líder dos Democratas no Senado.
No sábado passado, Lula foi até Ceará-Mirim e inaugurou um tanque para criação de tilápias e uma plantação de mamão. Detalhe: todo o aparo para a ida do presidente custou mais do que as próprias obras lançadas. "Pessoas da base do governo que estavam na inauguração me disseram que o aparato de logística, de veículos, de transporte aéreo-terrestre, de montagem de palanques custou muito mais do que o tanque de tilápia e os sete hectares de mamão. São investimentos muito pequenos, que nem estão no PAC. O que é isso? É benfazejo?", questionou o senador norte-rio-grandense.

Indignado com a hipocrisia do Governo Federal, o líder lembrou que seu Estado ainda espera pela reestruturação do Aeroporto Dix-sept Rosado, da BR-101, do assentamento rural Maisa, entre outras necessidades. Em 2003, o presidente da República esteve no Projeto de Assentamento Maisa - localizado em Açu/Mossoró - e comprometeu-se em voltar em no máximo dois anos para lançar o "mais exitoso programa de assentamento rural".

Cinco anos se passaram e nada mudou. "Nada de Lula voltar a Maisa. Nada de inaugurar o mais exitoso programa de assentamento rural do Brasil, das Américas, do mundo, e hoje não passa de um grande e redundante fracasso", ressaltou Agripino. "O presidente, que sempre venceu a eleição em meu Estado, devolve a ele ações com a qualidade e com a dimensão de um tanque de tilápia e sete hectares de mamão", concluiu José Agripino.

Gazeta do Oeste 19-02

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