segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PROGRAMA CAFÉ COM O PRESIDENTE

Café com o presidente, o programa de rádio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é produzido pela Diretoria de Serviços da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com supervisão da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Durante seis minutos, o jornalista Luciano Seixas conversa com o presidente Lula sobre ações, projetos do governo e outros temas de interesse nacional, sempre com o objetivo de contribuir para o esclarecimento do cidadão brasileiro.

O Café com o Presidente é transmitido às segundas-feiras, via satélite, no mesmo canal de distribuição de A Voz do Brasil. As transmissões ocorrem em quatro horários: às 6h, às 7h, às 8h30 e às 13h. O programa também pode ser acessado na Internet, no endereço www.radiobras.gov.br.

Histórico
O programa Café com o Presidente entrou no ar em 17 de novembro de 2003, com edições quinzenais, de seis minutos, produzidas pela empresa Toda Onda Comunicação Ltda. Em janeiro de 2005, a produção do programa passou a ser feita pela Radiobrás, que já era responsável por sua veiculação e distribuição. Em dezembro de 2007, a produção do programa foi assumida, nas mesmas condições, pela Diretoria de Serviços da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), criada pela Medida Provisória 398.

Ficha técnica
Operação de áudio: José Ageu e Marco Antônio
Sonoplastia: Leleco Santos
Produção e Edição final: Anelise Borges
Produção e edição: Patrícia Duarte Supervisão editorial: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Rio de Janeiro tem condições de disputar Olimpíadas em 2016, destaca presidente Lula
Apresentador: Olá você em todo o Brasil, eu sou o Luciano Seixas e está começando agora o programa de rádio do presidente Lula, o Café com o Presidente. Olá presidente, como vai, tudo bem?

Presidente: Tudo bem, Luciano.




Apresentador: Nós estamos falando aqui dos estúdios da EBC, em Brasília, e o senhor está em São Paulo. Presidente, o senhor esteve na China, semana passada, e participou da abertura dos jogos olímpicos. Como é que foi isso?




Presidente: Luciano, primeiro era extremamente importante que eu e o governador Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, fossemos a China porque era importante na abertura, nós estarmos juntos com outros chefes de Estado, sobretudo com aqueles que estão disputando com o Brasil. Nós estamos disputando e a indicação será no ano que vem com Tóquio, estamos disputando com Chicago e estamos disputando com Madri. E eu acho que o Rio de Janeiro tem todas as condições de ganhar. Por isso nós fomos lá, para ter reuniões com os dirigentes do Comitê Olímpico, para ter reuniões com dirigentes de outros Estados e para visitar os nossos atletas, ir visitar a vila olímpica, participar da abertura, ter uma noção mais exata do que significa a construção de todo um programa para que um país possa fazer uma olimpíada. E eu acho que as pessoas de vez em quando dizem: é, mas vai se gastar muito. E eu ao invés de gastar eu digo: o que é importante é a gente saber o é que a gente ganha antes, durante e depois. É preciso saber os investimentos que virão para o país e o que isso resultará depois que terminar as olimpíadas, e mesmo durante as olimpíadas, a preparação toda, os investimentos em infraestrutura. Por isso, eu fui lá e voltei convencido que o Brasil precisa brigar muito para que a gente conquiste o direito de fazer as olimpíadas aqui em 2016.




Apresentador: Houve alguma conversa oficial nesse sentido, presidente?




Presidente: Veja, eu estive com o presidente do Comitê Olímpico Internacional. Disse para ele as possibilidades e o que o Rio de Janeiro pode fazer. O governo federal, junto com o governo estadual e os governos municipais precisam assumir compromissos, esses compromissos não são compromissos de pessoas, ou seja, são compromissos do Estado brasileiro. Mostrei para eles que é importante olhar o Rio de Janeiro com olhar de futuro, ou seja, imaginar o que será o Brasil em 2016, a economia continuando a crescer, os mais pobres deixando de serem pobres e passando para a classe média, mais educação, mais saneamento básico, mais estrutura urbana, melhor transporte, mais segurança. Ou seja, foi uma conversa muito franca e eu acho que é com essa franqueza que eu pretendo conversar com muitos chefes de Estado para pedir apoio e conversar com muitos delegados do Comitê Olímpico.




Apresentador: Você está ouvindo o programa de rádio do presidente Lula, hoje falando sobre olimpíadas. O senhor fez referencia a Tóquio, Chicago e Madri, cidades de primeiro mundo e nós ainda estamos nos desenvolvendo enquanto potência econômica. Isso faz alguma diferença, presidente?




Presidente: Veja, os jogos olímpicos não foram criados para serem jogados apenas em país rico. Obviamente que ele também não pode ser feito num país que não tenha nenhuma condição econômica. O Brasil está preparado tanto quanto qualquer outro país. Nós agora vamos começar todo uma campanha, todo um processo de conversa, cada chefe de estado que eu receber aqui, cada viagem que eu fizer isso vai estar na minha pauta para que a gente possa tentar convencer as pessoas. O que é importante é que aqui no Brasil a gente tem a clareza de que a gente pode ganhar. Nós precisamos parar com essa história de achar que somos coitadinhos, que somos pobrezinhos, que não podemos nada. Nós podemos. Nós tivemos o Pan que foi um sucesso extraordinário, vamos ter em 2011 as olimpíadas militares que vão participar 6 mil atletas, vamos ter a Copa do Mundo em 2014, tudo isso é uma seqüência de preparação para que a gente possa chegar em 2016 com todas as condições de fazer uma olimpíada inesquecível.




Apresentador: Presidente, durante a sua visita, o senhor esteve na vila olímpica com alguns atletas brasileiros. Nós temos hoje a maior delegação de todos os tempos de atletas em uma olimpíada. O que significa para um país a participação nos jogos?




Presidente: Olha, nós temos 277 atletas, é a maior delegação da história do Brasil, 132 desses atletas são mulheres e vamos disputar em 32 modalidades. Olha, primeiro o otimismo dos nossos atletas. Ou seja, todo mundo vai para lá sabendo que o objetivo é ganhar uma medalha de outro, mas também todo mundo sabe que lá estão os melhores do mundo, que para chegar lá tiveram que vencer obstáculos durante anos na sua carreira. Ganhar ou não agora é conseqüência, é o estado psicológico, é o nervosismo, é a qualidade dos adversários. Mas eu senti os atletas brasileiros num otimismo excepcional. Eu penso que o Brasil vai disputar com muita seriedade, o Brasil está se preparando para se transformar num grande país para disputar as olimpíadas, nós temos condições de crescer muito e vamos ver. Vamos aguardar porque está começando agora. Acho que os chineses nos deram uma lição. E eles nos disseram: o Brasil pode fazer e vamos trabalhar muito. Eu disse ao Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, e disse ao governador Sérgio Cabral que eu serei cabo eleitoral enquanto for presidente da República para que a gente possa conquistar o direito de trazer a olimpíada para o Brasil em 2016.




Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, até a próxima semana.




Presidente: Obrigado a você Luciano e até a próxima semana.




Apresentador: O Café com o Presidente volta na próxima segunda-feira. Até lá.

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