quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Licenciamento de Renan Calheiros não acelera votação da CPMF


O licenciamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da Presidência do Senado em nada influenciará a posição contrária dos Democratas à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O líder dos Democratas José Agripino (RN) considerou o afastamento de Renan benéfico e essencial para que se retome a harmonia da Casa. Mas adiantou: o fato em nada acelerará a votação do tributo.

“A única conseqüência da licença de Renan é que a Casa volta a viver em paz. Isso não vai acelerar a CPMF”, esclareceu José Agripino. Na semana passada, depois de ser pressionado por oposição e governistas para se afastar do cargo, Renan Calheiros pediu licenciamento por um prazo de 45 dias. Há quem diga que ele não deve voltar a ocupar a Presidência. Quem ocupa o cargo agora é o vice, o petista Tião Viana (AC).

O senador Demostenes Torres (GO), a licença de Renan Calheiros trará um período de pausa na crise vivida pelo Senado, nos últimos cinco meses, envolvendo o presidente licenciado. “Não digo que a crise no Senado vai acabar, mas ter uma pausa. O fato de Renan se licenciar significa que ele atende a um clamor que é generalizado”, enfatizou Demóstenes.

Acusado de ter suas despesas pessoais pagas por um lobista, Renan Calheiros foi absolvido pelo plenário da Casa por 40 votos contra 35 e seis abstenções. Ainda pesam sobre ele quatro representações, no Conselho de Ética. “É uma licença que reflete a insatisfação do Senado e da sociedade brasileira uma vez que a permanência dele na função impedia o bom funcionamento da Casa e a votação de leis importantes para o País”, acrescentou Agripino.
Fernanda Domingues

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