segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Getúlio Rêgo

‘Eu sou um dos exemplos de fidelidade partidária no RN’

O líder dos Democratas na Assembléia Legislativa, deputado estadual Getúio Rego, considerou a fidelidade partidária um avanço para o processo democrático brasileiro. Entrevistado pela editoria de política da GAZETA DO OESTE, o parlamentar afirmou que o Supremo Tribunal Federal assumiu o papel que deveria ser desempenhado pelo Congresso Nacional. "A decisão do Supremo Tribunal Federal vai colocar um fim neste troca - troca de partidos, que vinha desmoralizando a política brasileira", afirmou o deputado.

Getúlio Rego faz questão de se autodefinir como um exemplo de fidelidade partidária. O parlamentar é o único do Rio Grande do Norte a conquistar sete mandatos consecutivos, o que representa quase um quarto de século, sempre com a mesma filiação partidária. Segundo ele, existem dificuldades tanto quando se representa um sistema político governista quanto um bloco de oposição. Independente dos problemas, explica Getúlio Rego, nunca pensou em deixar o seu partido, para se utilizar de benesses oferecidas pelo Poder.

"Eu sou um exemplo de fidelidade partidária no Rio Grande do Norte e me orgulho muito disso, pois é quase um quarto de século como parlamentar, e sempre filiado ao mesmo partido. Fui tentado várias vezes a aderir a sistemas governistas e ter acessos a benesses que ela proporciona, mas me mantive firme na posição que me foi delegada pela eleitor, ou seja, de um deputado oposicionista. Também fui governo e sei das dificuldades também que é ser governista. Mas o importante é que não cedi as pressões e permaneci sempre no mesmo partido no qual fui eleito pela primeira vez", relatou.

Ele acredita que, com a decisão do STF, a política brasileira tende a sofre um positivo processo de amadurecimento a partir do preceito da fidelidade partidária. "Não se pode admitir que um sujeito seja eleito por determinada agremiação e logo em seguida mudar de partido duas, três ou mais vezes, como ocorre no Congresso. Então, eu vejo com grande alegria que o Supremo fez exatamente o que era para ser feito pelo Congresso Nacional e, a partir da sua decisão, colocar um ponto final na utilização dos partidos apenas como pêndulo para o sujeito se eleger", afirma.


Fonte: Gazeta do Oeste 14-10

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