segunda-feira, 1 de outubro de 2007


Exemplos pernambucanos


Pernambuco deu recentemente dois exemplos de abnegação para o Brasil. O primeiro, mais triste, por conta da morte da garota de 10 anos Jéssica Kelly dos Santos, vítima de uma bala perdida em Petrolina, mostrou a sofrida sensatez dos familiares que autorizaram a doação de órgãos da menina, ajudando cinco pessoas com graves problemas de saúde.

O gesto dos pais de Jéssica coincidiu com a Semana Nacional do Doador, merecendo destaque nacional e servindo de estímulo a muitas outras famílias a doarem órgãos dos seus parentes queridos depois de mortos. Quase seis mil pessoas estão na fila de transplantes, de córneas, de rins, de fígado, de coração. Elas merecem uma chance de viver melhor ou até sobreviver, dependendo da gravidade do problema.

É preciso, portanto, que as famílias de possíveis doadores se sensibilizem com a questão. É a melhor forma de manter viva a lembrança dos seus mortos, ajudando quem necessita.

O outro caso foi da avó Rosinete Palmeira Serrão, de 51 anos, que abrigou no seu útero os netos gêmeos diante da impossibilidade da filha Cláudia Michelle de engravidar. Os quatro óvulos da mãe biológica foram fecundados em laboratório com os espermatozóides do marido Antonio de Brito e os embriões implantados no útero da avó.

No dia de São Cosme e Damião, os santos gêmeos cultuados pela Igreja Católica em 27 de setembro, nasceram Antonio Bento e Vitor Gabriel numa maternidade do Recife.

São exemplos que deixam a certeza de que ainda dá para acreditar na desprendimento das pessoas.

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